quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PLENO EMPREGO DE ARAQUE

Volta e meia aparecem informações de que estamos vivendo um período de pleno emprego. Seria uma notícia boa e auspiciosa se, verdadeiramente, não envolvesse uma quantidade imensa de mentiras e falsas informações além da manipulação de dados.
Atualmente, o desemprego é baixo mas a população economicamente ativa está encolhendo e o número de pessoas empregadas também. Como explicar isso? Não é uma equação que envolve igualdade. Quando a população economicamente ativa e o número de pessoas empregadas encolhem e o desemprego se mantém baixo observamos que, primeiramente, a maioria dessas pessoas retira-se do mercado de trabalho porque passa a depender de outros, principalmente parceiros e familiares. Um casal, por exemplo, quando os dois trabalham, há casos em que um dos parceiros deixa de trabalhar para cuidar da casa e da família. Outro caso observado é o de muitas famílias em que os filhos estudam e trabalham e, a partir de dado momento, esses filhos optam só estudar, almejando um exame de conclusão de curso ou concurso público, esse emprego desaparece mas não vira desemprego, pois os métodos estatísticos de mensuração de emprego foram flexibilizados a fim melhorar a imagem do governo. Este governo que nos manda comer ovo no lugar de carne para baixar a inflação. Mas a verdade é que, com a queda da população economicamente ativa e do número de pessoas empregadas, observa-se uma queda na produção de riquezas.
As taxas de emprego são medidas, conforme algumas pesquisas, em setores que englobam indústria, construção civil, comércio, agronegócios e serviços.
No setor indústria, as taxas de emprego caíram drasticamente. Temos pequenas quedas em 2012 e 2013 e uma imensa queda em 2014.  
No setor construção civil o drama também aparece, vindo de uma situação cômoda e boa em 2012 para uma queda em 2013 e uma grande queda em 2014. 
No setor comércio, de uma situação boa em 2012 e 2013 para queda em 2014.
Apenas o setor de serviços, que engloba os empregos públicos e os empregos relacionados à prestação de serviços, apresenta uma situação de crescimento. apesar desse crescimento esta restrito ao empregos públicos e àqueles que aceitam pessoas de baixo nível de escolaridade, justamente os que oferecem os menores salários.
O número total de pessoas empregadas nas principais regiões metropolitanas cresceu em 2012 e 2013 e apresentou uma queda imensa em 2014.
Essa situação registra um dado pior que é a desaceleração dos salários. Os salários estão diminuindo.
Vamos entender! Com taxas de emprego negativas nos setores que apresentam, normalmente, os melhores salários, é natural que os trabalhadores desses setores migrem para outros setores em busca de emprego. Portanto, cada vez mais vemos pessoas qualificadas locadas em vagas do setor de serviços, numa clara situação de subemprego. E com uma oferta maior de pessoas não há crescimento salarial, mesmo havendo vagas para todos. E por quê? Porque o trabalhador passa a aceitar qualquer coisa para não ficar amargando dívidas, uma vez que se encontra fora de sua verdadeira atividade profissional.
Uma informação não deve ser aceita sem que haja uma investigação profunda em seus dados. Não nos prendamos a miragens governamentais.

Pleno emprego? Uma ova!

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